Nos dias mais difíceis da nossa vida, onde nossas fragilidades ficam nítidas e cada vez mais perto nós, o que ameniza, acalma e acalenta o nosso coração é a sensação do amor, o sentir-se amado por alguém.
Não importa o que esteja acontecendo, mas a simples sensação do amor é semelhante a água lançada ao fogo, a um banho em dia de calor, uma golada de água no cansaço e estafe. Ah! Traz um alívio!
Todavia, essa sensação precisa acompanhar-se pela certeza absoluta de que se é amado de verdade; ou então não tem sentido! Imagine: você se sente amado por quem não confia? É meio complicado, não?
Portanto, a premissa de uma certa e verdadeira sensação de amor, é a confiança em alguém. Nada mais nem nada menos que isso.
A questão, é que muitas vezes nos viciamos na sensação. E pior, não balizamos a sensação na confiança. Agimos como adolescentes apaixonados, que só respondem ao fogo que queima seus corpos e os hormônios que fazem tremer. Assim, a sensação que não se faz acompanhar da confiança, geralmente e quase sempre, produz frustração porque é idolatria do momento e não a lucidez da caminhada, do dia-a-dia.
Agora, pare comigo e pense um instante. Transfira tudo que escrevi para seu relacionamento com Deus e veja o que acontece. Parou, pensou, viu?
Muitas vezes, por nos viciarmos na sensações, relativizamos a bondade e o amor de Deus por nós, por nossa inteira capacidade de sentir. Isso significa que se eu me sinto, por meio de uma música, uma alegria, um choro, um momento, uma oração, uma leitura, uma palavra, amado por Deus, então naqueles instantes Deus está me amando. Mas se em outro momento, geralmente nos mais difíceis, eu não consigo sentir, então, Deus não me ama mais, não gosta de mim; virou a cara, ficou de mal, fez "biquinho". É assim ou não é?
Isso acontece porque somos indivíduos que sofrem de "apaixonite aguda". Sentiu, constatou.
O caminho do Evangelho, entretanto, não é assim. Primeiramente vem a confiança e só depois o sentir..., e quando vem. Isso porque nós não vivemos só sentindo. Há outros elementos vitais. Aliás, só vale a pena sentir, se for de verdade, se for real, se gerar bom fruto, ainda que doa.
Mas como confiar? Conhecendo! Como conhecer? Experimentando! Como experimentar? Caminhando...
É assim com Deus, a cada caminho, uma experiência. A cada experiência, mais conhecimento. E quanto mais se conhece, mais se confia e mais se ama de verdade.
Você tem olhos pra ver o seu caminho com Deus hoje? Se você conseguir ver, a experiência, o conhecimento, a confiança e o amor de fato, virão a reboque.
Você consegue ouvir o sussurro de Deus agora? Se conseguir, o amor de fato, a confiança, o conhecimento e a experiência, virão acompanhados.
A pergunta que não cala...
"Como ver e como ouvir a Deus?"
Sabe de uma coisa, não sinta! Confie no que lhe digo, simplesmente! Olhos pra ver, ouvidos para ouvir, fé, são dons, graça, presentes que Deus não nega a quem quer e deseja.
No fim de tudo, você descobrirá também que até o desejo e querer de fé que habitou em você, foi dádiva dele para que você aprendesse pela simples confiança, o Amor, isto é,..., Deus.
Você precisa de ajuda hoje? Está mal? As coisas não vão bem? Se foi Deus que você conheceu, ainda que minimamente, sem religião, você sabe que já é o suficiente para confiar. Confie então! Corajosamente! Vá! E você descobrirá agora que o grande milagre é aprender a chamar sensação simplesmente de,...,...,...,confiança.
No Caminho da Fé,
Thiago
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