É na Mesa do Pão que se Descobre quem é Cão
>> segunda-feira, 8 de junho de 2009
É fato que ao amarmos e desejarmos a Mesa de João 13 vai se descobrindo aos poucos que ela é Mesa de amor, Mesa de transformação e subversão. Sim, porque reunir discípulos de si mesmo à Mesa é subversão; de igual modo, transformar uva em vinho e vinho na simbologia do Sangue, denota transformação e consequente subversão. Assim também é com o trigo, que transformado e subvertido gera Pão como sinal do Corpo partido.
Portanto, a Mesa do amor é semente que cresce, floresce, frutifica, transforma e subverte. É somente por isso que os discípulos do início, agora de Jesus, perseveravam na comunhão e no partir do pão à Mesa da subversão. Mas que transformações, que frutos, que rebentos e subversões são essas?
É a subversão que se nota quando sentados à Mesa convivem à consciência e a inconsciência, pois naquele momento tudo em Jesus era significado, afinal Ele era o Significado Encarnado, porém, os discípulos nada sabiam e no máximo esperavam um salvador à moda Lula. É ai que no relacionamento entre a consciência e a inconsciência o amor frutifica a tolerância, pois a primeira opção da nossa alma-vontade é fazer da própria consciência o centro e o cetro do universo, usando de imposição para fazê-la valer a todo e qualquer instante. Agora, nessa Mesa, Jesus sabe que consciência pede tempo, solicita caminhada e requer verdade. Afinal, Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Nele, a inconsciência ganha tempo, para caminhando, crescer e amadurecer por conta própria, com as próprias pernas. Nesta Mesa de tantos frutos, um deles é o amor que se transforma e se subverte em tolerância, sabendo conviver em meios as divergências, mas agora, não com imposições, mas com ensinos e instruções.
Prosseguindo, não é difícil entender porque Jesus não lavou os pés dos discípulos antes da Ceia. É simples! Não há Ceia sem lava-pés e não há lava-pés sem Ceia. Todo aquele que ceia, em seguida, assim como Jesus, se levanta e começa lavar os pés uns dos outros em serviço. Para isso é necessário fazer como Jesus fez: retirar as vestes não transfiguradas, as vestes da humanidade que nada limpam, ficar nu para qualquer outra coisa que não seja o cingir-se de uma simples toalha, a toalha do Espírito Santo para juntamente com água, a Água da Palavra, poder limpar e enxugar a poeira e o pó da indiferença, do descaso, do ódio, da orgia, da bebedeira, da injustiça, do egoísmo, do hedonismo, do auto-homicídio, os quais todos nós pisamos em vida, mesmo já estando limpos a cabeça e o corpo.
O próximo fruto desse amor subversivo à Mesa é coragem de lavar os pés daqueles que você sabe que tem a pré-disposição inerente e particular de te trair e abandonar. É assim com todos! Todos podem trair e traem; e quando não traem, abandonam. A matemática aqui é simples: traição = abandono = dor. Tanto faz uma ou outra; o resultado é o mesmo. Porém, o fato é que nesta Mesa podemos ter a coragem de em meio à inclinação humana ao pecado, deliberadamente amar com coragem e não se arrepender do bem de lavar os pés. É levantar o pé do pó da traição, da negação e do abandono e prosseguir!
Outra subversão desse amor é quando ele frutifica e faz nascer à esperança no olhar, pois foi assim que Jesus viu a Pedro antes da sua sabida negação. Jesus viu a Pedro lavado e o enxergou Nele. E foi assim para que pudéssemos olhar aqueles com quem convivemos na esperança do trabalhar do Espírito, sabendo que toda gente passa por estações e mudam, no entanto, sentar à Mesa é ter a convicção de que embora quem não seja ainda hoje, será amanhã, e que aquele sujo está, ainda que eu veja, lavado é.
Dentre tantas subversões até aqui, esse amor transformador e gerador de tolerância, coragem e esperança, todos, tipos de negação do si mesmo, dá lugar agora há uma outra estrada, há outro viés: o do discernimento e sagacidade, mas por quê?
É porque pelo trabalhar do Espírito Santo em mim, a minha natureza começa a se negar em favor do bem com tolerância, coragem, e esperança, o que não implica no abandono do bom-senso e do discernimento concedido nesta Mesa.
Todo aquele que sentado à Mesa está para Nela se alimentar, alimenta-se de discernimento a fim de discernir quem é quem. É nesta Mesa que se discerne implacavelmente que Judas é o Diabo. E o que é o Diabo? A palavra grega utilizada denota separação e divisão. É aquele que divide e separa.
Nesta Mesa, come-se e bebe-se entendimento que sabiamente discerne, fazendo isso sem qualquer espécie de medo, pois se Judas é o Diabo que me trai, ele assim o faz para que se cumpram as Escrituras. Aqui vemos a soberania de Deus que vocifera que até quem é mal está escrito nas linhas da nossa vida a fim de que superemos, contornemos e continuemos mais elásticos e fortes.
Se você comer do Pão, saberá quem é o cão. E se ele te morder, que morda, pois também morderá a si próprio, com uma única diferença: a mordida do cão em nós é sempre sarada com pão e vinho, agora aquele que morde contra si mesmo, morde como quem se enforca para morte.
Assim, se cumpre o que Jesus disse: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” .
A partir daqui não é amar o próximo como a si mesmo, pois quem se assentou à Mesa ama subversivamente como Jesus amou: com tolerância, coragem, esperança, mas igualmente com discernimento, para saber que mesmo na Mesa do Pão pode haver cão, mas já não há motivo para preocupação.
Na certeza que todos os meus dias contados e escritos no Livro estão,
Thiago
8 de junho de 2009
Goiânia
Goiás
Portanto, a Mesa do amor é semente que cresce, floresce, frutifica, transforma e subverte. É somente por isso que os discípulos do início, agora de Jesus, perseveravam na comunhão e no partir do pão à Mesa da subversão. Mas que transformações, que frutos, que rebentos e subversões são essas?
É a subversão que se nota quando sentados à Mesa convivem à consciência e a inconsciência, pois naquele momento tudo em Jesus era significado, afinal Ele era o Significado Encarnado, porém, os discípulos nada sabiam e no máximo esperavam um salvador à moda Lula. É ai que no relacionamento entre a consciência e a inconsciência o amor frutifica a tolerância, pois a primeira opção da nossa alma-vontade é fazer da própria consciência o centro e o cetro do universo, usando de imposição para fazê-la valer a todo e qualquer instante. Agora, nessa Mesa, Jesus sabe que consciência pede tempo, solicita caminhada e requer verdade. Afinal, Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Nele, a inconsciência ganha tempo, para caminhando, crescer e amadurecer por conta própria, com as próprias pernas. Nesta Mesa de tantos frutos, um deles é o amor que se transforma e se subverte em tolerância, sabendo conviver em meios as divergências, mas agora, não com imposições, mas com ensinos e instruções.
Prosseguindo, não é difícil entender porque Jesus não lavou os pés dos discípulos antes da Ceia. É simples! Não há Ceia sem lava-pés e não há lava-pés sem Ceia. Todo aquele que ceia, em seguida, assim como Jesus, se levanta e começa lavar os pés uns dos outros em serviço. Para isso é necessário fazer como Jesus fez: retirar as vestes não transfiguradas, as vestes da humanidade que nada limpam, ficar nu para qualquer outra coisa que não seja o cingir-se de uma simples toalha, a toalha do Espírito Santo para juntamente com água, a Água da Palavra, poder limpar e enxugar a poeira e o pó da indiferença, do descaso, do ódio, da orgia, da bebedeira, da injustiça, do egoísmo, do hedonismo, do auto-homicídio, os quais todos nós pisamos em vida, mesmo já estando limpos a cabeça e o corpo.
O próximo fruto desse amor subversivo à Mesa é coragem de lavar os pés daqueles que você sabe que tem a pré-disposição inerente e particular de te trair e abandonar. É assim com todos! Todos podem trair e traem; e quando não traem, abandonam. A matemática aqui é simples: traição = abandono = dor. Tanto faz uma ou outra; o resultado é o mesmo. Porém, o fato é que nesta Mesa podemos ter a coragem de em meio à inclinação humana ao pecado, deliberadamente amar com coragem e não se arrepender do bem de lavar os pés. É levantar o pé do pó da traição, da negação e do abandono e prosseguir!
Outra subversão desse amor é quando ele frutifica e faz nascer à esperança no olhar, pois foi assim que Jesus viu a Pedro antes da sua sabida negação. Jesus viu a Pedro lavado e o enxergou Nele. E foi assim para que pudéssemos olhar aqueles com quem convivemos na esperança do trabalhar do Espírito, sabendo que toda gente passa por estações e mudam, no entanto, sentar à Mesa é ter a convicção de que embora quem não seja ainda hoje, será amanhã, e que aquele sujo está, ainda que eu veja, lavado é.
Dentre tantas subversões até aqui, esse amor transformador e gerador de tolerância, coragem e esperança, todos, tipos de negação do si mesmo, dá lugar agora há uma outra estrada, há outro viés: o do discernimento e sagacidade, mas por quê?
É porque pelo trabalhar do Espírito Santo em mim, a minha natureza começa a se negar em favor do bem com tolerância, coragem, e esperança, o que não implica no abandono do bom-senso e do discernimento concedido nesta Mesa.
Todo aquele que sentado à Mesa está para Nela se alimentar, alimenta-se de discernimento a fim de discernir quem é quem. É nesta Mesa que se discerne implacavelmente que Judas é o Diabo. E o que é o Diabo? A palavra grega utilizada denota separação e divisão. É aquele que divide e separa.
Nesta Mesa, come-se e bebe-se entendimento que sabiamente discerne, fazendo isso sem qualquer espécie de medo, pois se Judas é o Diabo que me trai, ele assim o faz para que se cumpram as Escrituras. Aqui vemos a soberania de Deus que vocifera que até quem é mal está escrito nas linhas da nossa vida a fim de que superemos, contornemos e continuemos mais elásticos e fortes.
Se você comer do Pão, saberá quem é o cão. E se ele te morder, que morda, pois também morderá a si próprio, com uma única diferença: a mordida do cão em nós é sempre sarada com pão e vinho, agora aquele que morde contra si mesmo, morde como quem se enforca para morte.
Assim, se cumpre o que Jesus disse: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” .
A partir daqui não é amar o próximo como a si mesmo, pois quem se assentou à Mesa ama subversivamente como Jesus amou: com tolerância, coragem, esperança, mas igualmente com discernimento, para saber que mesmo na Mesa do Pão pode haver cão, mas já não há motivo para preocupação.
Na certeza que todos os meus dias contados e escritos no Livro estão,
Thiago
8 de junho de 2009
Goiânia
Goiás
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