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Tratado sobre o Pecado

>> terça-feira, 17 de novembro de 2009




Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não cometemos pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
I João 1:8, 9, 10 e 2:1, 2.



Diante do exposto por João, discípulo de Jesus, segundo Seu Espírito, fica decretado:


1. Que o pecado não tem nada a ver com o que se pode e o que se não pode. O que se quer e o que não se quer da religião. O que é permitido e o que não é, o que é sim e o que é não.

2. Que pecado é todo atentado contra o AMOR e contra a VIDA; quer a minha própria, quer a do meu semelhante, quer A Vida.

3. Que pecado é condição e potencial, mas também é ato e prática deliberada ou não.

4. Que dizer que não temos pecado parece tolice, mas é o que sempre mostramos e fazemos quando nos eximimos do potencial de pecar em áreas que atualmente não pecamos, criando a matéria prima para o julgamento e a acepção de pessoas.

5. Que quando dizemos que jamais pecaremos ali ou aqui, naquilo ou nisso e que não temos potencial destrutivo pra tudo e mais tudo, estamos chamando a nós mesmo para um bate-papo e dizendo: “Você é realmente um mentiroso e não enxerga um palmo à sua frente!”

6. Que somos extremamente seletivos em relação aos nossos pecados e fazemos diferenciação entre os erros que nos são convenientes e os que não são.

7. Que somos exímios criadores de hierarquias e castas de pecados tratando cada qual ao nosso bel prazer e critério.

8. Que dizer que não cometemos pecado é a mesma coisa de fazer essas classificações e tratarmos isso diante de Deus de modo leviano, rápido e vagabundo, como se Deus fosse um humanóide que não sabe o que somos e fazemos.

9. Que o remédio para o pólo que se exime e julga é o mesmo para o que classifica e não trata resolutamente, isto é, a verdadeira confissão.

10. Que confissão não é jamais o ato de repetir verborragicamente a Deus o que eu penso que sei sobre mim, mas uma reflexão reverente e silenciosa a fim de receber revelação de quem estou sendo e o que preciso ser para o meu próprio bem.

11. Que Deus lida com o pecador com o afeto amoroso de um pai para com seu filho, mas trata o pecado com a seriedade de um tribunal.

12. Que não pequemos, mas ao acontecer tal acidente, recorrermos a Jesus, que se intitulou como Advogado.

13. Que quando pecamos o nosso “pecado principal”..., “aquele que classificamos como o maior, o nosso rival e maior inimigo”, dificilmente recorremos à defesa desse Advogado, mas nos auto-habilitamos para realizar nossa própria defesa com barganhas, como: punições, choros, performances, pagamentos missionários, jejuns, promessas, ofertas, reclusões, isolamentos, dentre tantos outros artifícios que só nós sabemos fazer.

14. Que Aquele que é Advogado é também o Propiciador, isto é, Aquele que pagou nossa fiança não com dinheiro humano, mas com a própria condenação de morte em nosso lugar.

15. Que atentar contra esse tribunal de paz e justiça é cometer blasfêmia contra os céus e contra si mesmo.

16. Que quem faz defesa de si mesmo candidatou-se e elegeu-se como advogado do Diabo.

17. Que esse tribunal diário não é só pra mim, mas para o mundo todo.

18. Que quem ama, aceita e prega esse tribunal, realiza bem de salvação a vida que o recebe.

19. Que a questão do pecado já foi resolvida em instância superior entre Deus e Deus, e que a mim cabe somente confiar na defesa dAquele que advoga e na fiança do que propicia minha liberdade.

20. Que todo aquele que crer nessas palavras e as praticar tem vida eterna em si, exalando-a em toda jornada da existência.

Thiago

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