Que tal um passeio?
>> quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Para mim, hoje em dia, o caminho da simplicidade e da pureza conforme o Evangelho passa pela sincronicidade e conectividade da Palavra e do Espírito, juntamente com a interpretação que sempre nos chega quando lemos a vida com o coração verdadeiro, honesto e ávido por crescer em amor.
Tem sido incomparável experimentar a liberdade da Palavra e seu agigantamento sobre basicalidades teológicas, mostrando-me como Seu casamento indivorciável com o Espírito Santo sempre nos colocará no colo de Jesus como crianças do Reino.
Olhe como é simples!
Hoje acordei com uma voz serena no coração que me pegou pelos punhos e me levou a passear. Pelo jardim que andei, lembrei do que Jesus disse: [...] “E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes em memória de mim” [...]
Enquanto o passeio foi seguindo, belas paisagens surgiram de súbito e me mostravam que o “fazei isto em memória de mim” não poderia estar condicionado a um rito, ou a um tempo exclusivo de uma ordenança que, ainda que verdadeira, acontece nos dias de hoje uma vez por mês. Teria que ser mais! Pois creio eu, segundo o Espírito do Evangelho, que o chamado é para comer Dele sempre!
Novas paisagens surgiam...
O Pão não é só um elemento, ou comida. Assim como simboliza o Corpo de Cristo, foi usado por Jesus para simbolizar tanto mais. Sua vontade, Ele mesmo, a vontade do Pai. Portanto, quando me alimento do Corpo, sei que como Dele e da Sua vontade que é fazer o Corpo andar. Por isso Jesus ter dito: “Levante-te, toma teu leito e anda!”
Fazer a vontade do Pai, isto é, comer desse Pão é caminhar a vida, lidar com as dificuldades, com os problemas e as tomadas de decisão, fazendo sempre em memória de Jesus, com sua cabeça, sua mente, ou seja, fazendo como Ele fez, falando como Ele falou, agindo como Ele agiu e sendo como Ele foi.
Semelhantemente, o cálice simboliza o Sangue de Jesus! Todavia, simboliza também, confiança, certeza, fé, alegria, novo entendimento e consciência, tempo novo, o Espírito Santo e tanto mais. Desse modo, ao beber do cálice no chão da existência, com a poeira nos pés e os resquícios de sujeira no rosto, eu confio como Jesus confiou no Pai, tenho certeza da Sua vontade como Ele teve, me alegro sempre Nele e recebo sempre do entendimento, da consciência e do novo tempo que sempre canta pelo Espírito: “fazer isto é memória de Mim, é encarar como Eu encarei e viver como Eu vivi!”
Foi necessário se algemar às mãos da teologia para fazer esse passeio? Não! Só e simplesmente se deixar levar pelo convite do Espírito para ouvir Suas Palavras no jardim de Deus onde a toda paisagem era Jesus.
Contemple!
Seu Corpo: Ele, sua vontade, nossa caminhada, nossa cura...
Sua memória: Lembrar de como Ele foi, nos quatro Evangelhos, como agiu, como viveu...
Seu Sangue: Ele, alegria, consciência, novidade, libertação, o Espírito...
Sua memória: Eterna, atemporal, na vida, em todo tempo, a cada instante...
Um rito? Um momento? Um encontro? Uma ceia? Não! Várias! Sempre! Muito! Eternamente...
E agora, que tal um passeio?
Thiago
Eldorado
Goiânia
20 de janeiro de 2010
1 comentários:
Lindo texto!
Que surpresa foi reconhecer o autor, amigo da velha guarda!Quando crianças, estudamos juntos no Ipe... que delícia relembrar a infância!
Parabéns pelo texto, Deus o abençoe sempre!
Marina Cabral
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