DEUS É ALEGRE E EU QUERO SER TAMBÉM!...
>> quarta-feira, 4 de maio de 2011
Deus é alegre.
Deus é feliz.
Deus é amor.
Ora, o amor é feliz, se alegra, exulta, come e bebe contentamento, até quando não há razões externas; posto que a alegria do amor não venha de baixo, mas de cima... Sim, vem do alto; vem de Deus; e não depende de mais nada além da felicidade de Deus, da paz de Deus e do Gozo do Amor no qual Deus É.
Afinal, se Deus me manda ser alegre, grato e contente, é porque Ele mesmo é assim...
Deus grato?...— que blasfêmia!
Grato a “Quem”?...
Não sei como é..., mas sei que Deus é grato assim como Jesus demonstrou gratidão sempre.
Ora, se Deus se entende com Deus por mim, segundo o patriarca Jó; e se Jesus disse que Deus é manso e humilde de coração...; e se Paulo disse que Deus se submeteu a Deus em Jesus — então, para mim, é simples crer que Deus seja também grato e feliz.
Afinal, a alegria do Senhor é a nossa força!
Toda a tônica da Escritura quando se trata de bem-aventuranças, sempre nos remete para a alegria.
Os salmos são convites regulares e freqüentes à alegria, ao salmodiar, ao fazer poesia para Deus e para a vida...
Os Profetas sempre dizem que o sinal da reconciliação do homem com Deus implica em alegria, em festa, em folguedo, em dança, e baile de gratidão.
No Evangelho tudo é alegria, até a lágrima que faz o coração estranhamente feliz: uma verdadeira bem-aventurança.
Sim, até o fim do mundo deve ser visto com exultação prospectiva, pois, se crê que haverá novos céus e nova terra.
Segundo Jesus, a grande resposta do homem à calamidade, à perseguição que aconteça em razão da verdade e da justiça, deve levá-lo para um lugar de exultação.
“Alegrai-vos”; “exultai”; “erguei as vossas cabeças” — são expressões que nos mandam abraçar a alegria mesmo que seja enquanto se foge, errantemente..., e sem chão no mundo...
Paulo nos diz que o grande poder na vida é contentamento sempre, é gratidão sempre, é a capacidade de poder tudo Naquele que nos fortalece; seja no tudo do tudo..., ou seja no tudo do nada...
Provavelmente o grito mais emblemático desse mandamento existencial da alegria venha do Profeta Habacuque, quando disse que deveríamos viver alegres com uvas ou com espinhos, com leite ou com lama, com pastos verdes ou na grama marrom da seca, tendo ou não tendo, ou até esperando e vendo a promessa mentir ou atrasar-se... — enfim, em qualquer circunstância; e sempre dizendo: “Ainda que seja tudo ruim, eu me alegro no Senhor, no Deus da minha salvação”.
No entanto, o contentamento, a alegria, a gratidão que vêm de Deus, só se estabelecem em nós com a invasão da eternidade no coração do homem, e com a consciência em fé que o faça transcender..., sim, na esperança da glória de Deus; pois, somente depois disso é que se dá o passo seguinte, que é aprendermos a nos gloriar nas próprias tribulações.
Em Paulo, sua maior exortação à alegria foi feita enquanto ele estava preso em um calabouço gelado e sem amigos...
Assim, saiba:
Você não tem que andar gargalhando...
Alegria não é gargalhada necessariamente...
Ao contrario, muitas vezes as alegrias mais profundas vêm nas correntes das lágrimas...
Entretanto, seja sorrindo seja chorando, a alma pode aprender a alegria e a serenidade exultante no espírito!
Sim, pode; pois o Espírito da Vida habita em nós!
Nele, que viu o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficou satisfeito,
Caio
9 de agosto de 2009
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