O Primeiro Degrau para Destruir um Relacionamento
>> terça-feira, 22 de setembro de 2009
Pv. 27:5-6 - "Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos".
Você já leu a sabedoria acima? Leu? Pois bem, leia novamente! Você só tem à lucrar.
É fato que nossa mente não descança e trabalha incansavelmente o pensar a árvore do conhecimento do bem e do mal. O gênesis-princípio é sempre um anúncio do que aconteceu, acontece e acontecerá.
Esse pensar bem e mal tem o seu maior exemplo em cogitar e analisar a vida sob o embasamento do certo e do errado. Tudo é medido, pensado, pesado e concluído na balança do certo e do errado; do meu certo e errado; do que eu acho certo e errado.
Aqui se estabelece a terra fecunda para o juizo. Sim, o ato de julgar uns e outros. Pois se eu caminho a vida deste modo, não importa o que a pessoa seja, ou qual seja a verdade dela, o que ela passou ou teve de enfrentar, todavia, o que importa sempre é a minha impressão imediata e precipitada, o meu modo de ver, de perceber e de concluir.
Aqui se forma não o que a pessoa é de fato, mas o que ela é conforme o que pensei, medi e avaliei. O próximo se torna pra mim um híbrido do que nele vejo e das minhas conclusões quase todas precipitadas como árvore de bem e mal.
O contrário dessa premissa é exatamente a árvore da vida, que possui a manifestação em Jesus como vida eterna, ou seja, se é vida, é Jesus e se é Jesus é amor. Portanto, alimentar a mente de uma árvore de vida, é comer sempre do fruto do Amor de Deus. Assim, sempre deixo de lado minhas conclusões e opiniões ferinas carregadas de juízo e amargura, passando agora a olhar às origens, a verdade que está por trás de cada situação, cada circunstância, buscando sempre o bem no próximo, como quem decidiu simplesmente amar.
E por que estou dizendo isso? É que a sabedoria do versículo acima considera a repreensão franca, dizendo que ela é melhor do que o amor fingido, encoberto e falsificado.
Quando pensamos sobre às categorias do bem e do mal o remédio da graça pra nós é a franqueza, onde numa conversa em verdade e graça tudo o que construi sobre aquela pessoa pode ser confirmado por ela ou não. É a situação que eu crio e responsavelmente permito para que o bem da verdade do indivíduo se manifeste pra mim e ele já não passe a ser a minha construção, a minha opinião, mas somente o que de fato ele é.
No entanto, aborrecemos a franqueza, que é sobretudo verdade com graça e bom senso, e preferimos falsificar o que sentimos, construindo uma abordagem e uma performance que só se parece com o amor, mas não é, enganando assim a pessoa com quem nos relacionamos.
É nesse degrau, que vários relacionamentos desmoronam e vão à ruinas. Simplesmente porque preferimos usar a maquiagem do “amor bonzinho” e politicamente correto à falar a verdade em franqueza, como quem checa tudo e decide que sua própria percepção é equivocada na árvore de bem e mal.
Por isso é preferível ser ferido e dolorido por aquele que ama de e na verdade, a receber o beijo “carinhoso” e performático do falso e enganoso.
Agora, sabe por que preferimos quase sempre a falsidade? Porque a franqueza revela a nossa verdade, o que pensamos e o que somos de fato, porém, quase sempre não vivemos da nossa verdade, mas de uma “verdade-criada”, construida para ser uma verdadezinha que agrade o outro e não me coloque nos maus lençóis de uma situação tensa e desagradável.
É nesse ponto que já nos vendemos ao maligno e fomos envenenados de toda sorte de amarguras, rancores e ressentimentos. É assim ou não é?
Desse modo, avalie sua vida na luz de Deus e veja se as pessoas que você conhece são elas mesmas ou são criações suas ou de outros. Veja se você já deu algum espaço para que elas se expliquem num convívio e comunhão simples. Procure saber as origens, as causas e se o que você pensou é realmente o que é, pois se assim não for você criará sempre frankensteins que são exatamente conforme à imagem e semelhança do seu juizo e consequentemente do Diabo.
O remédio pra isso? A franqueza, que é verdadeira e sabe a graça do momento correto e da abordagem adequada que sempre é feita com amor decidido.
E ai, como você está? Franco ou falso?
Em Cristo, onde toda reflexão é também uma experiência de amadurecimento,
Thiago
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