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O Segundo Degrau pra Destruir um Relacionamento

>> quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pv. 27:5-6 - "Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos".

Você que leu o meu texto anterior tratando do que chamei de primeiro degrau pra a destruição de um relacionamento, deve estar se perguntando agora qual seria o segundo.


Pois bem, continuando a refletir no texto de Provérbios, observamos a franqueza de uma lado e a falsidade como atitude premeditada no lado oposto. A falsidade começa pela construção do outro e do próximo através da magia dos nossos equívocos, impressões, conclusões, "achismos" e tudo mais que não é a verdade. Assim, criamos um ser conforme a nossa imagem e semelhança; em completa conformidade ao nosso rigor e juízo. Portanto, esse é só o primeiro degrau, onde a pessoa começa a ser destruída por nós e dentro de nós.


Todavia, a doença e a descontrução só aumentam quando prosseguimos para o segundo degrau. Neste patamar, o indivído que já tem completamente desconstruído aquele com quem se relaciona, faz dessa idéias e conclusões precipitadas um ideal. O problema é que todo ideal não é ideal sem o artifício da propagação, da promulgação e quem sabe até da pregação.


Desse modo, a pessoa que julgou e sentenciou dentro de si, confessou sua insegurança, pois nada melhor que me auto-afirmar na descontrução do outro. Quando derrubo alguém, significa que permaneci de pé e esta é a vitória do meu ego. Porém, depois da derrota é necessária uma grande divulgação e propaganda da vitória do juízo.


Nesse ponto a pessoa não se contenta com a desconstrução que fez e passa a falar para os outros sobre a ideologia que criou proveniente do juízo e das conclusões que chegou, sem antes mesmo checar, arguir e perguntar se aquilo que ela pensou é de fato o que é.


Aqui, a mente pagã e cheia da árvore do conhecimento do bem e do mal infectou a língua, que na sua pessonha destrói com grande fogaréu o que encontra a sua frente. O indíviduo que já estava morto no coração daquele que o matou, começa a morrer no coração dos outros pelo testemunho da malediscência.


A pessoa encontrou no seu caminhar de inseguranças a liberdade satânica de matar uns no coração de outros, já que o seu próprio interior se tornou um coliseu de sacrifícios e mortes.


Mais um vez só a franqueza pode "stopar" e parar esse derramamento de sangue. E a lógica é uma só: quando amamos, somos francos; e quando somos francos, damos prioridade ao amor que se importa com a verdade.


A tradução dessa realidade é que posso parar o processo de desconstrução dentro de mim sendo franco sobre meus pensamentos com o outro. Se assim não for e a necessidade pedir que o momento oportuno apareça, tenho que ser franco comigo mesmo e pedir que minha língua se cale e meus pensamentos fiquem sós em mim até que eu possa comprovar a verdade das situações, das circusntâncias e da própria pessoa.


O fato, é que ver esses degraus e querer parar de subí-los ocorre somente pelo Espírito de Jesus, pois se assim não for, a tendência natural é sempre reinar em meio ao cemitério a céu aberto do nosso coração.


É bom pensarmos a respeito...


Thiago

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